quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rochas Sedimentares e os fósseis

Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos. No entanto, estas formam apenas um película superficial sobre as rochas magmáticas e metamórficas que constituem a maioria do volume rochoso crustal.
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares, encontram-se na superfície terrestre resultantes de fenómenos de meteorização e erosão de rochas pré-existentes assim como de restos orgânicos. Assim são constituídos maioritariamente por areias, siltes e conchas de organismos. Estes primeiros, formam-se à medida que a meteorização vai fragmentando as rochas da crosta, sendo posteriormente transportados pela erosão.
Processos sedimentares:


A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação.
Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagénese.

Os ambinetes sedimentares mais comuns:
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Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados pela presença de estratificação - que resulta da formação de camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa superfície continental.
Uma outra caracterísitica das rochas sedimentares é a sua ordenação temporal. Assim numa sequência de estratos que não tenha sido modificada da sua posição original, um estrato é mais antigo do que aquele que está por cima, e mais recente do que o que está por baixo - Princípio da sobreposição.
A estratificação das rochas sedimentares e o príncipio da sobreposição:


É quando se dá a deposição de sedimentos que ocorre o enterramento de organismos que poderão originar fósseis. Nos casos em que ocorre boa preservação das evidências orgânicas, reunem-se geralmente quatro condições:
- enterramento rápido;
- com sedimentos finos;
- em ambiente marinho;
- o organismo contém partes duras.


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Factores de degradação das dunas e comportamentos para as proteger.

Factores de degradação

Pisoteio: a construção de parques de estacionamento na zona posterior à duna, o campismo selvagem, a prática de actividades motorizadas e a falta de estruturas aéreas de acesso às praias são factores que levam à destruição da vegetação dunar e consequentemente aumenta por falta de protecção a vulnerabilidade da duna à acção dos agentes erosivos.

Construções: as edificações sobre as dunas constituem factor de grande erosão, porque sendo um obstáculo à movimentação constante das areias interrompe assim o seu ciclo natural de deposição e transporte.



Captação de água: A abertura de poços pode provocar o abaixamento do nível do lençol freático a um nível tal que não permita a vida da vegetação dunar que assim devido à sua escassez oferece menor protecção ao sistema.




Vegetação infestante: espécies alógenas aos sistemas dunares como, por exemplo, o chorão e as acácias, contribuem para a redução das espécies endógenas das dunas, que devida às suas características fisiográficas protegem-nas da acção dos ventos.




Obras de engenharia costeira: esporões e molhes, por exemplo, são estruturas que alteram completamente as correntes costeiras, constituem obstáculos ao transporte litoral de areias (deriva litoral), que em Portugal se faz preferencialmente, de Norte para Sul, no litoral Ocidental e de, Oeste para Leste, no litoral meridional. Assim, há retenção de areias a Norte ou a Oeste, respectivamente, daquelas estruturas e com erosão acrescida a Sul e a Este. As consequências são erosão das praias e das frentes dunares.





Comportamentos para proteger as dunas
O facto de os sistemas dunares serem formações FITOGEODINÂMICAS em permanente equilíbrio dinâmico, intimamente dependente do coberto vegetal vivo, implica que qualquer factor externo ao sistema terá consequências desequilibrantes e dificilmente compensáveis (pisoteio, vegetação infestante, obras de engenharia costeira, etc.).

Caso a vegetação fixadora das dunas seja degradada e destruída, todo o sistema dunar será afectado negativamente.
A areia nua facilmente será arrastada para o interior do território, quer pela acção do mar quer, essencialmente pela acção eólica, podendo invadir e mesmo cobrir terrenos agrícolas, explorações, habitações e caminhos. Em épocas de tempestade podem mesmo ocorrer catástrofes em que o mar não encontrando obstáculos ao seu avanço, destrói culturas e construções que antes estavam protegidas das dunas.

Estes são fenómenos que todos os invernos acontecem e que acabamos por ser com eles confrontados pelo menos através dos media. Como forma de contrariar esses fenómenos indesejáveis todos nós, enquanto utentes das praias, deveremos ter comportamentos adequados no sentido de evitar a degradação das dunas:

- utilizar as passadeiras aéreas quando existam, caso contrário utilizar os trilhos já existentes sobre a duna (nunca traçar novos trilhos);
- não passear ou apanhar banhos de sol nas dunas, não andar a cavalo e de veículos motorizados;
- não colher a vegetação das dunas;
- chamar a atenção de amigos e familiares para a correcta utilização das dunas;
- tomar conhecimento e respeitar a legislação que existe para efeitos de protecção das dunas.

A protecção do ambiente começa em cada um de nós pela adopção de comportamentos correctos e educando os outros!

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Tipos de Dunas e suas plantas



Duna Primária
Caracterizada pela escassez de nutrientes e água e presença de plantas com rizoma (caule subterrâneo), que suportam grandes quantidades de sal no solo (halófitas).


Espécies - Elymus farctus (feno das areias), Cakile marítima (eruca marítima), Euphorbia paralias (morganheira das praias), Eryngium maritimum (cardo marítimo), Ammophila arenária (estorno), Otanthus maritimus (cordeirinho da praia);
Morganheira das praias




Cardo marítimo

Estorno




Duna Secundária
Caracterizada por um solo enriquecido em matéria orgânica e água permitindo a presença de plantas arbustivas.

Espécies - Crucianella marítima (granza marítima), Helichrysum italicum (perpétua das areias), Silene líttorea (aIfinete-das-areias), Artemisa campestris marítima (madorneira), Medicago marina (Iuzerna das praias), Pancratium maritimum (lírio/narciso das areias).




Granza marítima









Madorneira






Narciso das areias






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Dunas

Dunas

Definição: Duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos (relacionados ao vento). Dunas descobertas são sujeitas à movimentação e mudanças de tamanho, pela acção do vento. O vale entre as dunas é chamado slack, ou seja, dunas são montes de areia formadas pelo vento e pelo mar. Quando o vento sopra, leva a areia e com o tempo viram dunas. Dunas não precisam de ser necessariamente grandes, muitas delas são bem pequenas.


Importância: As dunas são importantes pois fazem a transição entre o ambiente marinho e o meio terrestre, servindo de protecção às transgressões do nível do mar, evitando a contaminação dos aquíferos continentais pela água salgada. a salinização dos solos, a destruição de infra-estruturas humanas e a abrasão marítima nas falésias.

Os ecossistemas dunares são sistemas naturais muito simples e sensíveis, cujo equilíbrio tem vindo a ser colocado em causa por via do impacte das actividades humanas. A sua destruição terá consequências negativas na orla costeira, concretamente no aumento da erosão marinha e na degradação de algumas actividades económicas.


Como se formam? As dunas formam-se com quatro componentes. Areia seca, vento, uma superfície de deposição e um pequeno obstáculo (como uma pedra ou uma planta).
O pequeno obstáculo é indispensável para criar condições de adesão a barlavento (donde o vento entra) e de protecção a sotavento (donde o vento sai), permitindo assim que a areia transportada pelo vento comece a juntar-se, criando um "montinho". Com a continuação do processo esta pequena acumulação de areia começa ela própria a tornar-se um obstáculo, pelo que, se continuar a haver vento na mesma direcção e areia suficiente, a continuação do processo criará uma duna.
À medida que a duna cresce, começa também uma migração da mesma para sotavento, provocada pelos movimentos dos grãos de areia empurrados pelo vento da face exposta, caindo depois para a face protegida. É por isso que elas têm ângulos diferentes, mais suave na face a barlavento, mais inclinada a sotavento.
Existem vários tipos de dunas, mas todas têm estes princípios de formação e evolução. Normalmente as dunas junto ao mar, dada a direcção mais ou menos constante do vento, formam zonas de dunas transversas, quer dizer compridas e transversais ao sentido do vento, paralelas entre si. As dunas formam-se, como visto atrás, essencialmente onde houver areia e vento, ou seja, junto a zonas litorais e nas zonas interiores, nos desertos. Em Portugal existem apenas dunas com extensão considerável na zona litoral, como é o caso das dunas da Costa da Caparica.




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Prevenção das zonas costeiras

Prevenção dos riscos nas zonas costeiras

  • Planos de ordenamento da orla marítima que permitam uma ocupação destes locais e a demolição das construções que não respeitem esses planos de ordenamento, minimizando o risco geológico;
  • Construções artificiais com vista a regularizar os ritmos de abrasão e deposição do mar, com paredões (construções paralelas á linha de costa) e esporões (construções perpendiculares à costa). Estas construções resolvem os problemas de um determinado local e agravam-no noutros, provocando a necessidade de novas intervenções;
  • Recuperação de dunas;
  • Alimentação artificial da extensão arenosa das praias; 









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